Projecto de arquitectura de prédio minimalista com a natureza em redor (V. N. de Famalicão)

Sílvia Cardoso—homify Sílvia Cardoso—homify
Residential building Vaillant, OGGOstudioarchitects, unipessoal lda OGGOstudioarchitects, unipessoal lda Modern houses
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Nas últimas décadas, as cidades cresceram a um ritmo frenético e de forma pouco organizada. Os espaços verdes foram desaparecendo para dar lugar a prédios que nem sempre se harmonizam com a paisagem, tampouco são apelativos do ponto de vista arquitectónico. É, por isso, refrescante conhecer projectos como o que hoje lhe vamos apresentar.

Trata-se de um edifício com um total de 28 habitações que se desenvolve numa lógica de simbiose e diálogo com uma envolvente predominantemente verde e com uma pendente considerável. Por esta razão, o piso do rés-do-chão surge parcialmente implantado abaixo do nível da rua. O desenho das fachadas e o modo como a zona de entrada tira partido da inclinação do terreno são os pontos fortes deste projecto com uma dimensão total de 1776 m².

O trabalho foi levado a cabo pela Oggo Studio Architects, um atelier com sede em Vila Nova de Famalicão que se foca, designadamente, em projectos de habitação, sejam eles unifamiliares, projectos de reabilitação ou edifícios de apartamentos para comercialização. A equipa da Oggo propõe-se a dar resposta às necessidades dos clientes de forma criativa e inovadora, através do recurso a soluções construtivas com qualidade de excelência aliadas a uma linguagem arquitectónica contemporânea. O atelier opta, tendencialmente, por soluções minimalistas e linhas depuradas.

1. Linhas simples e a natureza ao redor

Os 1176 m² do complexo habitacional distribuem-se por 28 apartamentos que acompanham com subtileza o declive acentuado da rua. O prédio desenvolve-se sob o comprido e não em altura, o que o torna mais harmonioso, para além de, assim, não sobrecarregar a paisagem.

As varandas delineadas em branco sobressaem sobre os tons de cinza do projecto. São duas cores sóbrias e com uma elegância intemporal. Os gradeamentos exibem um design minimalista e contemporâneo, proporcionam unidade à frente de rua e trazem leveza ao projecto.

Na arquitectura minimalista, procura-se obter um melhor design através da simplicidade: a simplicidade das formas, da materialidade, dos detalhes, das cores e dos espaços. São precisamente estas as características que definem este edifício de habitação colectiva.

As amplas janelas e as guardas em vidro das varandas abrem o núcleo social dos apartamentos para o entorno verde. A ligação do projecto ao exterior, a sua proximidade, as vistas e a orientação solar são, aliás, pontos-chave para os primeiros esquissos levados a cabo pela equipa da OGGO.

A utilização do vidro na construção de edifícios modernos é uma constante. A presença deste material vai ao encontro de uma estética actual e empresta aos edifícios uma imagem mais pura e límpida, quase etérea. O vidro temperado e o vidro laminado são os mais usados para o efeito pela resistência e segurança que oferecem.

A imagem acima é a prova de que o minimalismo não é destituído de personalidade. Os blocos maciços habitacionais desmaterializam-se em vários volumes recortados que se unem através das palas brancas que desenham as varandas. Os arquitectos conseguiram criar um edifício com um enquadramento geométrico e equilíbrio dinâmico arrebatadores.

A entrada do edifício é resguardada e apresenta áreas generosas. Não foi esquecida a criação de espaços verdes. Eles se destacam contra o branco e o cinza do imóvel e tornam a atmosfera mais fresca e orgânica. As linhas modernas do projecto e da vedação criam um jogo de luz e sombra interessante.

O chão em calçada pode ter sido uma forma de os arquitectos incorporarem no projecto um símbolo da identidade portuguesa, visto que o prédio foi projectado por um atelier português, mas para a cidade de Romainville, em França.

5. Mais detalhes sobre as entradas

A entrada no edifício ao nível da rua evidencia-se pela interrupção dos volumes maciços que dão lugar a um espaço exterior recuado que surge demarcado por um arbusto alto. Esta entrada recuada deixa o edifício respirar—na medida em que o torna menos pesado e compacto -, gera uma zona abrigada e aumenta o espaço de circulação no exterior.

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Se gostou deste projecto e pretende mais informações, não deixe de entrar em contacto com a OGGO Studio Architects:

  • Morada: Rua do Bairro, 233 / 4775—444 Nine – V. N. Famalicão, Portugal 
  • Número de telefone: +351 96 509 049 4
  • Site: www.oggostudio.com

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