Guia do estilo clássico: tudo o que precisa de saber

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
Zeitlos klassisch...als wär´s schon immer so gewesen!, THORA TOWN & COUNTRY THORA TOWN & COUNTRY Corredores, halls e escadas clássicos
Loading admin actions …

Apesar dos inúmeros estilos decorativos, existe um que se destaca pela sua intemporalidade, elegância e conforto. Estamos a falar do estilo clássico cujos espaços se constroem com elementos tradicionais da decoração francesa, inglesa, grega ou italiana. Os detalhes ricos dos seus ambientes parecem falar do passado e convidam-nos a sonhar com tempos de opulência e de sofisticação.

Neste guia, aprenderemos a identificar os detalhes construtivos e decorativos que fazem este estilo. Também conheceremos um pouco do seu passado, presente e até futuro. É, sem dúvida, um guia para guardar entre os seus favoritos.

Linha do tempo: passado e presente

Desde o início, o estilo clássico foi amplamente aceite pelos mais conservadores e/ou tradicionais. O seu nascimento é quase tão antigo como o Homem e ao longo dos séculos foi-se transformando de acordo com os lugares e as culturas. Em França, nos finais de 1600 podemos reconhecer muitos dos elementos que hoje formam o clássico mais moderno. Em Inglaterra, ocorre o mesmo, pegando em elementos pré-Victorianos de detalhes construtivos, como painéis de madeira, e obtendo uma mistura harmoniosa entre as diferentes culturas.

Na actualidade, os ambientes clássicos são geralmente desprovidos de ornamentos, mas, ainda assim, fiéis à estética. A partir do clássico, podemos entender as correntes conservadoras e palaciais, as mais eclécticas e as de aspecto mais vintage ou french country.

Linha do tempo: futuro

Livingroom Loch View homify Salas de estar clássicas

Pouco podemos afirmar sobre o tempo que ainda está para vir. Ainda assim, a tendência para a qual o estilo clássico de hoje se inclina é mais ecléctica e luxuosa. É um estilo representado por ricos e exóticos elementos e texturas, madeiras com detalhes de ouro e prata, couros e sedas estampadas em estofos e cortinas, cores vivas e contrastantes que oferecem mais personalidade e dramatismo.

Este movimento, também conhecido como “Hollywood Regency”, surge nos anos 20, em plena época dourada das artes e do cinema.

O mobiliário combina uma simétrica geometria com metais polidos e vidros brilhantes. Uma tendência que se adapta aos nossos tempos, transportando para eles referências e características da Art Deco. O avanço tecnológico também nos permite trabalhar outros materiais e dar novas formas e texturas aos objectos, não sendo por isso de estranhar o reconhecimento da peça ’Louis Ghost’ de Philippe Starck como cadeira de jantar formal típica do movimento.

Decoração: inspiração francesa

Para a decoração tradicional é importante que os objectos a utilizar nos transportem para a sua época. Se a inspiração é francesa, podemos usar esculturas em pedra mármore, quadros trabalhados, candelabros, candeeiros de pé, tapetes de pêlo e um ou outro elemento decorativo chinês. Este último elemento, não sendo próprio do classicismo, faz parte de um jogo de contrastes entre diferentes culturas, o que habitualmente resulta muito bem. Alguns exemplos de elementos orientais bem aceites no estilo clássico são os vasos e os biombos com cenas rurais e quotidianas.

O segredo da beleza decorativa do classicismo encontra-se na simetria e no balanceamento visual, bem visível nesta sala de jantar.

Saber escolher os móveis

Seja mais inclinado para o tradicional, ecléctico ou pop, um principio importante do classicismo é que os nossos móveis, quando bem escolhidos, se mantenham actuais ao longo do tempo.

No momento de escolher o mobiliário clássico, devemos optar pela qualidade, deixando um pouco de lado as questões de detalhe e estética. Não devemos esquecer que o barato sai caro e, por isso, um móvel económico e de pobre construção, certamente não irá durar o tempo suficiente.

Dentro do tipo de móveis existente neste estilo, os mais conservadores são habitualmente de madeiras escuras e brilhantes. Os mais casuais são de madeiras mais claras e os de aspecto vintage ou french country tendem a mostrar as marcas do tempo na sua superfície mais desgastada.

Cor

As cores quentes são as mais recomendadas para decorações clássicas. Os tons bege, ocre, dourado, vermelho, laranja e amarelo estão encarregados de oferecer calor e conforto ao espaço.

Para criar ambientes mais abertos e descontraídos, as cores mais claras e despigmentadas são as ideais. Nas paredes, é utilizada muitas vezes a mesma paleta com duas ou três diferenças de tons para criar pequenos contrastes e destaques.

Texturas

homify Salas de estar clássicas

Ao escolher as almofadas e as cortinas para um ambiente clássico, os desenhos tradicionais são sempre os mais procurados. Listas, motivos florais e retratos são temas intemporais e sempre muito populares.

Também se pode adicionar peso visual ao espaço através de almofadas de textura e tamanho generoso. Muitas vezes, se os ambientes são pequenos, combina-se o mesmo desenho entre os tecidos e os móveis mais próximos, como por exemplo, uma cadeira forrada ao lado de uma janela.

Decoração: corrente inglesa

Diningroom homify Salas de jantar clássicas

As decorações clássicas mais sóbrias podem-se construir a partir de mobiliário e estilo inglês onde predominam as cores plenas e claras e os pequenos desenhos que contrastam com as madeiras escuras próprias deste ambiente. Nesta versão do classicismo, a escala dos espaços é mais racional e humana, ao contrário da corrente francesa, cujos espaços são maiores e mais sumptuosos.

Cortinas

Hall homify Corredores, halls e escadas clássicos

Ser clássico não significa pôr de parte a funcionalidade e a tecnologia. Hoje em dia, os pesados cortinados palaciais podem ser confeccionados de forma mais moderna e com inclusão de tratamentos anti-manchas e anti-fungos. Isto proporciona uma maior segurança e duração na vida útil dos elementos que tem em sua casa. Por sua vez, os tecidos mais leves comercializam-se em rolos, com todos os seu vincos e dobras, prontos a ser usados na criação de uma cortina tradicional.

As cortinas, ao “vestir” as janelas, devem ser o mais visíveis possível no exterior, pelo que, tanto elas como os seus suportes devem ser dramáticos e sofisticados.

Exemplo de estilo clássico na actualidade

Neste exemplo, a arquitecta Paula Herrero mostra-nos, a partir do seu trabalho especializado, um ambiente de leitura sóbrio, de linha inglesa, que se mistura com elementos do estilo contemporâneo. O espaço é predominantemente escuro e contrasta na perfeição com o ambiente contíguo de tons claros.

Ambos os espaços, claramente definidos e delimitados, convivem em perfeita harmonia.

Diga-nos: identifica-se com o estilo clássico ou tem gostos mais contemporâneos? Seja como for, estes são projectos de muito bom gosto! 

Precisa de ajuda com um projeto em sua casa?
Entre em contacto!

Destaques da nossa revista