Fantástica Moradia Na Comporta Onde Apetece Viver O Ano Todo

Catarina Rodrigues – Homify Catarina Rodrigues – Homify
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Hoje propomos-lhe um passeio por um universo distinto e inteiramente português. Um projecto que continuamente questiona os limites da Arquitectura, fundindo-a com a envolvente num jogo de volumes que chega até a ser poético, na sua abordagem projectual e prática. 

Situada num amplo terreno na Comporta em Tróia, a implantação desta moradia é feita sobre um terreno arenoso, típico daquela zona, onde apenas os altos pinheiros demarcam a paisagem inscrevendo nela, marcos verticais aleatórios.

O desafio era o de criar uma habitação unifamiliar que fosse capaz de assegurar todo o conforto, perante este cenário os profissionais do atelier RRJ Arquitectos elaboraram uma proposta arquitectónica cujo objectivo seria o de marcar a paisagem com um gesto vigoroso e robusto mas ainda assim, evidenciando sempre, em primeiro lugar, a sua relação com o lugar natural.

Venha conhecer uma abordagem única e inteiramente portuguesa!

Subtileza volumétrica

O peso aparente que esta fachada revela é fruto da sua materialidade envolvente; como se de uma carapaça se tratasse, o betão armado, envolve e protege um espaço interior suave e delicado. 

Conceptualmente o projecto partiu da premissa de criar dois volumes principais distintos cuja união seria feita através de um outro mais pequeno e discreto; resultando este último num volume revestido por painéis de Viroc Negro (painel de base cimentícia e fibras de madeira) com objectivo de se destacar o mínimo possível, mantendo assim, uma harmonia constante em toda a composição.

Dois volumes distintos

Ao observarmos a fachada não conseguimos deixar de reparar na subtileza volumétrica que esta apresenta. Esta perspectiva mostra-nos a forma como os dois grandes blocos principais se relacionam e conectam, através de um outro, mais pequeno e subtil.

Apesar da clara demarcação arquitectónica que a habitação impõe na paisagem, é possível reparamos como houve, de facto, uma grande preocupação com a sua integração no meio envolvente. Integração essa, definitivamente bem conseguida, quer seja pela tonalidade e textura do material escolhido para o revestimento (betão à vista), ou pelas formas sóbrias e lineares que seguem a horizontalidade do terreno.

Longas perspectivas

Quer seja na caixilharia cinzenta, que assume uma expressão ínfima no design, ou nos grandes vãos recuados, que acentuam a expressão volumétrica do bloco, foi a contemporaneidade que ditou o rumo do projecto, revelando este, nos seus detalhes, um minimalismo extremo presente em todos os pormenores.

Ao invés de se limitarem a expressar uma abertura para a entrada de luz, os grandes vãos recuados criam também uma sensação de subtracção no volume. E como uma boa solução nunca é puramente estética, este recuo deliberado, protege os interiores da luz mais forte e directa, funcionando esta solução, enquanto estratégia de sombreamento.

Interiores serenos

Os interiores da habitação revelam uma grande clareza no projecto arquitectónico por procurarem manter a mesma linha estética na sua composição formal. Quer seja a nível da materialidade ou dos detalhes, uma coisa é certa, a habitação é entendida enquanto um objecto único em perfeita sintonia com o ambiente envolvente.

São os grandes vãos que inscrevem no interior as linhas orgânicas da paisagem, sendo estas no entanto, moldadas pela Arquitectura que conforma o espaço e desenha com a luz.

Passagens minimalistas

Os lugares de passagem públicos inscrevem no interior um gesto fortemente marcado pela presença do branco e da madeira no pavimento. Ao mesmo tempo, os enquadramentos que estes proporcionam, pela sua linearidade, tornam-se em verdadeiras molduras arquitectónicas que contém em si vislumbres periféricos de zonas da casa.

Quadros vivos

Na cozinha o interior expande-se para o exterior num jogo de ambiguidades que revela pormenores únicos. O grande móvel branco acolhe os electrodomésticos, assim como toda a parte funcional e de arrumação desta divisão, ao separar-se do tecto e do pavimento, a sensação que transmite é de flutuação e leveza no espaço.

A nobreza da materialidade envolvente destaca-se num ambiente eminentemente moderno e sofisticado.

Luz divina

Numa zona mais privada é natural que os lugares de passagem se encerrem em si próprios, criando uma atmosfera de privacidade e envolvimento. Um espaço interior que encontra no branco os reflexos a partir dos quais constrói uma aura divinal.

Pequenas surpresas

É incrível como ao assumir uma personalidade inteiramente minimalista, esta habitação ainda consegue oferecer recantos recheados de surpresas, como se de um labirinto de tratasse. 

Assim como, já outrora sugerido por  Le Corbusier, o lavatório apresenta-se enquanto um elemento fundamental, sendo por isso separado da zona sanitária, ao mesmo tempo, esta atitude modernista oferece um espaço de transição entre o quarto e a casa-de-banho, privilegiando a fluidez natural dos espaços, em vez de recorrer a elementos divisórios, como é mais comum observar-se.

Transições suaves

Ainda no quarto, a sensação é de grande aconchego e privacidade. Embora a ambiguidade entre interior/exterior se mantenha, um olhar mais atento revela-nos o cuidado com que esta relação foi abordada. Se no interior o pavimento é em madeira natural serrada, no exterior é um deck que o cobre, mantendo no entanto, a mesma estereotomia.

Outro detalhe muito interessante é a árvore, um marco relevante que prova o cuidado e a atenção com a qual estes espaços foram projectados. Ao mesmo tempo é uma protecção natural que reforça a ideia de privacidade neste lugar de descanso.

Ilusões estéticas

Terminamos com uma perspectiva de uma casa-de-banho onde o grande protagonista, continua a ser a paisagem natural. Enfatizada através de um vão emoldurado por elementos estruturais, a paisagem inunda este espaço interior que, pelo seu minimalismo decorativo, envolve o habitante num jogo dinâmico que se divide entre o que é interior e exterior. 

O grande espelho cria uma ilusão de amplitude espacial formando simetrias geométricas que continuamente permanecem enfatizando as qualidades contemporâneas deste projecto.

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