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Rita Paião – Homify Rita Paião – Homify
Casa Ricardo Pinto, CORREIA/RAGAZZI ARQUITECTOS CORREIA/RAGAZZI ARQUITECTOS Moderne Häuser
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Casa Ricardo Pinto é um projecto da autoria dos conceituados Correia/Ragazzi Arquitectos e fica na tão conceituada e movimentada Avenida da Boavista. Foi um processo de reconstrução que deu origem à solução final que iremos mostrar de seguida. Como já nos têm vindo a habituar, os seus projectos são cheios de originalidade e são composto por um traço muito forte que os identifica à partida. Já escrevemos sobre A Casa no Gerês, outro projecto da sua autoria, e foi sem dúvida um sucesso na nossa plataforma nacional e internacional. 

E como as imagens muitas vezes dizem mais do que mil palavras, observe, observe com muita atenção! Espero que usufrua! As fotografias seguintes são da autoria de Luís Ferreira Alves.

As fachadas

Apesar de estar localizada perto da movimentada Avenida da Boavista, como já referi. A casa encontra-se envolvida por casas características desta cidade. A Casa Ricardo Pinto possui 3 fachadas distintas/3 frentes que individualmente procuram integrar-se com a envolvente, apesar de ao mesmo tempo se distanciarem umas das outras tornando-as bastante autónomas entre si.

A fachada lateral

Esta fachada lateral é perceptível de certa forma vista da rua, enquanto a fachada principal é composta apenas por uma grande superfície revestida a cerâmica azul turquesa, uma janela obliqua em vidro e a porta principal de entrada colocada perpendicular à estrada. Enquanto que a fachada é simples e de certa forma discreta, a lateral mostra originalidade e causa curiosidade aos mais atentos.

Originalmente, esta casa estabelecia uma relação com uma casa geminada situada a norte do terreno, e que desapareceu ao ser submetida a uma intervenção idêntica. O objectivo deste projecto passou assim a compor-se pela relação existente entre o contraste e a continuidade no enquadramento em que se insere. 

A volumetria

Por oposição à volumetria da fachada lateral no piso superior o piso inferior mantém-se sem grandes intervenções, não sendo ainda assim visível do exterior. Esta volumetria construtiva caracteriza esta vivenda e quem a vê por fora não tem a mínima noção de como se desenrolam os interiores.

Quando esta foi reconstruída houve a preocupação em estabelecer e restabelecer uma clara relação de integração volumétrica com as moradias vizinhas, embora simultaneamente, tenha havido o desejo de criar uma certa autonomia formal e de relação com o terreno.

A cozinha

De linhas modernas e de espaço amplo e com vários jogos de luz natural é como rapidamente se pode qualificar esta divisão. A cozinha é composta essencialmente por uma ilha que marca o espaço enquanto a parede traseira é de apoio a este mesmo espaço e contem electrodomésticos embutidos. O exaustor de cor cinzenta prateada aparece sobre a zona de confecção de refeições e apresenta-se de forma cilíndrica contrastando com toda a linguagem recta e geométrica do espaço.

Linguagem constante

Todas as paredes e tectos são brancos e contrastam com o chão cinzento liso que está presente em todas as divisões da casa. Esta escolha foi inteligente pois assim as divisões não são dividas e cortadas com a diferenciação de pavimento.  Quer-se uma linguagem constante e sem restrições de espaço.

As salas

As fotografias foram todas retiradas antes da casa ser devidamente mobilada e ainda bem. Só assim é possível ver a arquitectura e os interiores de forma virgem e intocável, pois a inserção de peças de mobiliário irá sempre alterar a maneira como visualizamos o espaço.

Consegue-se perceber que esta zona será destina à sala de estar e de jantar. A lareira colocada de forma original faz a divisão de forma delicada e original.

O acesso ao piso superior

Nesta perspectiva em primeiro plano temos a lateral da lareira e conseguimos perceber como é feito o acesso ao piso superior. As escadas têm a particularidade de serem suspensas no espaço e o primeiro degrau não tocar o chão. A guarda das escadas é em vidro e ajuda na transparência de espaços e de luz.

A cor como detalhe

Todas as divisões são caracterizadas por ambientes neutros e serenos mas esta divisão caracteriza-se pela aplicação da mesma cor da fachada principal trazida no interior. Consegue-se assim trazer um pouco da cor exterior para o interior e fazer simplesmente através da mesma uma ligação que conecta o exterior ao interior.

Jogo de luz

Neste corredor a luz toca as paredes e chão de forma estudada e a mesma muda com o passar do dia, devido ao poder do sol. As vigas do tecto deixam entrar luz entre elas e o tecto aparentemente parece ser às riscas, pretas e brancas. A porta de acesso à divisão que vimos em cima faz-se através desta porta também azul, conseguindo assim levantar um bocadinho a ponta do véu sobre o que se passa no interior.

A casa banho

Esta casa de banho fica no piso superior como é facilmente perceptível ao repararmos bem no formato e inclinação da janela. A banheira parece-se com um paralelepípedo com o interior retirado mostrando a profundidade da mesma. O lavatório é de forma oval em contraste com as linhas rectas da banheira. Ainda assim, o espelho também é de formato diferente de todos os elementos presentes neste espaço. 

O pátio

Para assegurar uma certa privacidade aos proprietários, os arquitectos decidiram criar um pátio virado para o interior da casa, permitindo áreas de descanso e uma maior ligação com os espaços do rés do chão.

As fachadas leste e oeste estão projectadas numa cota mais elevada, totalmente escondida e definida pela textura do revestimento, tradicionalmente portuense, o azul. Tal como no pátio também foram aplicados os mesmos azulejos nas cores branca e azul.

Jogos de brilhos

Através desta janela vertical do rés do chão é possível ver-se o interior, mais precisamente a ilha de cozinha completamente alinhada. Esta janela permite a entrada de luz natural no interior e ainda a visualização a partir da parte interior para o lago criado no exterior.

A sensação de haver água do lado de lá do vidro transforma os interiores de maneira leve e dá a sensação de frescura. Já para não falar que os raios solares ao baterem na água reflectem e criam jogos de brilhos e luz.

A favor da estética

Para terminar, uma fotografia que mostra bem os jogos de brilhos que falei em cima reflectidos na superfície de parede cinzenta. É curioso como apenas 15cm de profundidade cheios de água permitem  uma interpretação tão diferente do espaço. Foi uma questão estética apenas, visto de o lago não ser para usar de qualquer outra forma.

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