No artigo de hoje vamos ver em detalhe a impressionante transformação de um edifício que remonta aos anos 40 realizada por dois ex-alunos da Ecole Boulle. É através da sua empresa BuroBonus que os mesmos com experiência em design de interiores colocam o seu talento e experiência em reabilitações totais de edifícios.
No edifício de hoje, a fachada principal está voltada para a rua e esta encontra-se preparada para receber uma nova varanda localizada acima de uma antiga garagem. A criação de um terraço totalmente reinventado irá surgir também e o mesmo fará concorrência a muitos hotéis e villas especializadas a férias. Aberto e brilhante, o espaço interior nada terá a ver com o seu aspecto inicial.
É então nos subúrbios de Paris que esta remodelação se encontra e o resultado final conseguirá visualizar através das fotografias que destacam a incrível transformação.
Era com esta aparência que a habitação se encontrava antes da renovação. Os tijolos de cimento e respectivas juntas estavam à vista e a vegetação, agora selvagem, já fazia parte do cenário desta degradação e abandono – implorava por tanto por uma rápida e profunda intervenção.
O jardim encontrava-se cheio de entulho e bastante desordenado. As janelas eram de pequenas dimensões e seria necessário alargá-las permitindo maior luminosidade interior.
A varanda do piso superior implorava por uma nova linguagem estética e sonhava-se com um piso todo em madeira, podendo assim ser um local de uso constante pelos moradores da casa.
Depois da remodelação esta é a imagem que a varanda e o terraço adquiriram. Depois de completamente reinventado, o espaço anteriormente em ruínas encontra-se agora num espaço privilegiado que enfatiza o relaxamento e o bem estar.
As pequenas janelas originais deram lugar a grandes aberturas para o exterior incentivando a contemplação da paisagem, bem como, a entrada de luz natural nos espaços interiores. A guarda de varanda foi substituída por uma estrutura composta por 3 materiais: madeira no corrimão, ferro na estrutura e ainda por finos cabos de inox – garantindo a segurança e ao mesmo tempo aumentando a transparência.
Com a reabilitação completa da habitação foi criado este pelo terraço na continuação da varanda, este mesmo espaço surgiu sobre a divisão de garagem.
Todo o pavimento foi forrado a madeira e até os canteiros criados para a colocação de plantas verdes foram criados no mesmo material. Foi assim conseguido criar uma zona de relaxamento de boas áreas que de certo modo está dividida pelo degrau de desnível entre a dita varanda e o terraço.
Espaços interiores escuros e desactualizados não são realmente convidativos a momentos de puro relaxe e descontracção. Estes interiores tinham o pavimento revestido a cerâmica e invocavam um passado histórico. O pé direito parecia ser bastante baixo e a sensação de pouco espaço era sentida. A decoração era desactualizada e era composta por vários erros estéticos.
Era realmente necessário repensar todo o espaço!
Este é o aspecto com que ficou a sala de estar depois de um forte e determinada intervenção. Foi com a demolição interior de algumas paredes que o espaço se tornou agradavelmente mais amplo. Agora a sensação é de um piso térreo muito maior e muito mais luminoso.
Deu-se especial destaque à zona da lareira, sendo a anterior completamente abolida e substituída por uma de desenho moderno. Por baixo da mesma um espaço para colocação de lenha foi criado e a decorar, como se de um tela se tratasse, uma peça de grandes dimensões de um corte longitudinal de um tronco centenário. A parede num azul petróleo é moderna e as luzes artificiais iluminam na quantidade certa todo o volume interior.
As escadas estavam colocadas a um canto e não eram de todos funcionais. O canto era escuro e a mesma estava mal concebida e parecia até, não acabada. Era perigosa e bastante estreita. O canto acentuado piorava mais ainda a sensação de mau projecto e era impossível duas pessoas subirem ou descerem ao mesmo tempo.
na parede, uma composição de tijolos em vidro tinham como objectivo iluminar o interior mas a sua conotação não era positiva e datava claramente o ano de construção do mesmo.
As escadas foram mudadas de sítio e agora todo o seu desenho e respectivas proporções são mais generosas, possibilitando maior amplitude de movimentos. A remoção de qualquer perigo foi conseguida com o aumento da largura dos degraus e com uma mesma direcção/trajectória, melhorando e contribuindo para uma harmonia espacial e maior estética global.
No andar de cima encontrava-se um quarto pequeno e mal planeado. As suas janelas não era praticas nem sequer deviam à beleza e o mesmo devido à sua dimensão e decoração encontrava-se antiquada e pouco acolhedor.
O tecto era baixo e a sensação de claustrofobia podia aparecer a qualquer momento.
Na imagem seguinte, irá perceber como os profissionais resolveram esta mini divisão e como conseguiram dar-lhe vida própria.
Claro que deixámos o melhor para o final!
O mini quarto foi transformado numa deslumbrante suite em que o espaço foi aumentado ao nível do telhado ficando com as vigas originais do edifício totalmente a descoberto. A altura a mais foi o suficiente e uma mais valia para este projecto ficar completamente com uma cara nova.
As pequenas janelas que anteriormente mostramos, foram vantajosamente trocadas por outras de grandes dimensões ampliando em muito a sensação de espaço interior. Uma meia parede foi a divisão apostada para criar uma semi barreira entre a casa de banho aberta no espaço e a suite.
O uso de cores fortes foi uma mais valia, preto nas vigas e azul forte/indigo na parede divisória para acentuar a majestade do lugar.