Uma construtora muito além da mera construção!

Gustavo de Campos Gustavo de Campos
EVA, Santa Irreverência Arquitetura Design e Construção Santa Irreverência Arquitetura Design e Construção Espaços comerciais
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Estamos acostumados a ouvir falar das grandes construtoras brasileiras, capazes de construir centenas de edifícios em áreas equivalentes a dezenas de campos de futebol. Por vezes estabelecemos um conceito um tanto quanto frio sobre estas construtoras, imaginando-as de duas maneiras. A primeira é como uma empresa que apenas executa projetos passados para elas e o faz otimizando recursos e tempo, numa frieza calculista que tem por princípio apenas o produto final da obra. A outra maneira é como uma empresa que desenvolve projetos e também os executa, porém com desdém quanto ao consumidor final, pensando apenas em seus lucros e se valendo de projetos não mais do que regulares para alcançar o maior público possível faturando a maior quantidade possível de rendimentos.

Neste artigo Pretendemos desmistificar isto! E, para tanto, apresentaremos uma construtora (se é que seu título pode ser reduzido apenas a isto) que pensa o processo do começo ao fim, a Santa Irreverência. Tendo realizado mais de 1700 projetos em seus 35 anos de história e contando com 13 designers e arquitetos, fora os 200 outros colaboradores diretos e indiretos, esta empresa esta presente em todas as partes do processo, desmistificando assim a imagem fria e pragmática que temos das construtoras.

O mostruário

A EVA, uma loja de roupas e acessórios femininos, expões seu mostruário de forma simples, porém íntima, ajudando, com o uso dos manequins próximos aos clientes, a identificação do caimento das roupas para cada corpo. Com essa ideia em mente, os manequins são colocados nos principais caminhos e corredores da loja, não funcionando apenas como passagens, mas sim como verdadeiras vitrines internas.

O diferencial

Poderia ser mais uma daquelas lojas padronizadas, embaladas para vender. Não. O uso da velha estrutura do galpão onde a loja está instalada modifica este cenário. Mais do que isto, as estruturas são expostas e compõem o lugar como parte essencial de seu espírito. Aqui o pensamento do design de ambientes e da construtora,  responsável pela obra construída de fato, se fundem: são deixadas as veias da construção expostas como elemento de infraestrutura e decoração.

O despojamento

O que diferencia uma loja de outra? O atendimento? O preço? Esses fatores de fato tem grande peso nas decisões dos clientes. Entretanto, a sensação passada pelo ambiente àqueles que vão comprar é essencial. Se um cliente se sente a vontade, ele ou ela tende a ficar mais, a vasculhar mais opções dentro da loja e, finalmente, a comprar. O ambiente íntimo criado por essa construtora/arquiteta oferece as condições perfeitas para uma relação de intimidade entre ambiente e cliente, quebrando as barreiras que separam formalmente espaço comercial e residencial. A imagem acima poderia ser um canto de nossas casas.

O cenário

Preservado em parte, o galpão não conta apenas com suas estruturas aparentes para lembrar o que um dia já foi ou para criar um ambiente de sonhos que vai além da mera função de loja de roupas. Uma pequena sala emula o ambiente de um camarim e permite a imaginação entender que aquelas roupas estão ali para, também, serem usadas em frente a um espelho onde a mulher irá se arrumar e depois estará deslumbrante para qualquer espaço que venha a frequentar.

Entre o sólido e o transparente

Nesta outra loja desenvolvida pela Santa Irreverência, desta vez na famosa Oscar Freire, a proposta é outra.  A temática do galpão desaparece e dá lugar a uma loja com menos peças expostas, sendo exatamente esta a sedução: peças estrategicamente localizadas e outras escondidas. Um verdadeiro jogo de esconde-esconde embaixo do grande bloco que parece atravessar a fachada de vidro, contrastando o jogo de pesos do design arquitetônico com a parte construtiva operada pela construtura/arquiteta.

O conforto sob as luzes

Como dito anteriormente, a proposta desta loja passa longe do conceito de galpão. Algo de um luxo requintado aparece aqui. Sob as luzes de uma série de lâmpadas, que por si só já trabalham um padrão geométrico no teto, um grande sofá se coloca como opção para as pessoas que vierem acompanhar os verdadeiros clientes e que queiram descansar um pouco neste austero ambiente.

O mostruário e a clareza

Esta loja se pauta pureza dos seus elementos. Nada de detalhes muito diluídos ou mesmo reintrâncias exageradas ou por demais numerosas. O mostruário das joias é um grande exemplo disso. Em forma de balcão ou em um nicho na parede, a cor preta do fundo contrasta com o marro claro de seu exterior e o vidro dá a atmosfera de intocabilidade que tanto atrai aqueles que querem tocar as joias. A construção deste design se dá de maneira tectônica, com grandes peças, uma facilidade para uma empresa que trabalha os ofícios do design de ambientes e da construção.

O minimalismo sob uma chuva de luz

Exibindo alguns acessório, uma prateleira de vidro se mostra extremamente confortável no mesmo ambiente que alguns estofados definem juntamente com o tablado de maneira, o qual, por si só, já estabelece um interessante desenho de piso. A chuva de luz que cai sobre este canto da loja deriva da fileira de lâmpadas que percorre o lugar todo e, por fim, desencadeia uma sequência de reflexos em elementos luminosos presos ao teto. O tablado, outro elemento construtivo facilitado pela condição de construtora, resplandece sob estes brilhos.

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